segunda-feira, 4 de julho de 2016

REVISTA TCU ARTE - Artística e Cultural - 2016 07 05

Neste número com as seções:
Questionário Proust, com o videomaker Júlio Cat (Semag)
Ponto do Humor, com o cronista Paulo Avelino (Secex-CE)
Resenha de Livro: Marcos - um livro surpreendente

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Questionário Proust com o cineasta/videomaker

JÚLIO CAT
Júlio Cat ao estilo de Van Gogh

1)      O que você consideraria o cúmulo da miséria?
A classe média unicamente preocupada no seu bem-estar, e esquecendo da parcela miserável da população.

2)      Onde você gostaria de viver?
Canadá

3)      Qual é a sua ideia de felicidade terrena?
Mais Igualdade econômica em todos os níveis e liberdade de pensamento e comportamento para todos.

4)      Quais falhas você tolera mais?
Intelectuais e de organização.

5)      Quem são os seus heróis favoritos de ficção?
Inspetor Closeau (dos filmes da Pantera cor de rosa) e o Vagamundo (de Charlie Chaplin).

6)      Quem são os seus heróis favoritos da vida real?
Francisco de Assis e Charlie Chaplin.

7)      Quem são suas heroínas favoritas da ficção?
Capitu (de Dom Casmurro) e Diadorim (De Grande Sertão Veredas).

8)      Quem são os seus personagens favoritos da história?
Karl Marx e Antônio Conselheiro

9)      O seu pintor favorito?
Salvador Dalí

10)  Seu músico favorito?
Chico Buarque

11)  A qualidade que você mais admira em um homem?
Justiça

12)  A qualidade que você mais admira em uma mulher?
Coragem

13)  Sua virtude favorita?
Criatividade

14)  Sua ocupação favorita?
Criador de vídeos de ficção

15)  Quem você gostaria de ter sido?
Charlie Chaplin

16)  Que trabalho de arte seu você mais gosta? Há uma história por trás dele?
Gosto muito do meu vídeo “Estacionamento provisório”, que trata, de forma satírica, das agruras vividas pelos servidores no estacionamento provisório (de brita) do Tribunal, utilizado enquanto quando da construção dos novos anexos do TCU.
A ideia do filme veio naturalmente, uma vez que as situações vividas por todos no estacionamentos, diariamente, eram realmente trágico-cômicas. E o interessante foi a grande quantidade de servidores e até estagiários que participaram do filme.

Clique e veja o filme:




https://www.youtube.com/watch?v=cNGo8iSz40w

https://www.youtube.com/watch?v=cNGo8iSz40w



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Ponto do Humor com o cronista

PAULO AVELINO

AS AVENTURAS DO DETETIVE ARTEMIDORO BALSEMÃO (O HERÓI CONTRA A CORRUPÇÃO)


Operação Suja-Prato, a Primeira


[Esta reportagem fará manchetes em Nova Iorque, Japão e na minha saudosa Santa Rita do Jucurutuca e reparará uma injustiça, em prova que eu realizei a primeira dessas portentosas operações - a Operação Suja-Prato].
O Velho Detetive e seus Estagiários
 relaxados antes da operação,
 sabendo que seria tranquila


Estava este velho Detetive em encontrozinho íntimo privê com Nicole Kidman, Angelina Jolie e Irina do-Cristiano-Ronaldo quando a voz gasguenta e fanhentosa da minha secretária Cacilda Regielena me acordou: eu estava sendo convocado a resolver o caso de um roubo de um picolé de limão, já meio lambido.

Orgulhoso de que finalmente conferiam um trabalho à minha altura, dirigi-me ao indigitado local. Como o menino vítima do roubo negaceava o depoimento, prometi-lhe três figurinhas do Jaspion [que ele não conhecia] no primeiro caso de delação premiada [também inaugurada por este veterano Detetive].

E descobri que não se tratava de um picolé lambido. Mas de cinco. Na verdade, cinco mil. E sequer eram picolés. O caso picoleiro se entranhava com uma complexa trama envolvendo mísseis balisticos intercontinentais e a fórmula secreta para chicletes que não derretem na boca e 7.539 pessoas, as quais interroguei todas, cada uma indicando dezessete novos implicados.

Após uma manhã inteira envolvido nesse exaustivo trabalho, passando os olhos na lista de 19.756.793 denunciados, vi, no final da lista, o meu próprio nome.
A Corrupção está em todos os lugares.
 Estagiários-detetives apuram
 se há algum protozoário envolvido.


Homem imparcial que sou, convoquei-me para depoimento, prometendo, a mim mesmo, um encontro privê com Nicole Kidman, etc., como recompensa. Coisa que não vai acontecer, pois sei que no final terei apenas a pilha de pratos lá na quitinete para lavar – daí o nome da pioneira operação.

...

Artemidoro Balsemão estudou na Escola contra o Crime de Batman e Robin – foi expulso pois se deixou enganar pela Mulher-Gato, que lhe prometeu casamento e até hoje.

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Resenha de Livro: Marcos, de Dag Hammarskjöld

A Espiritualidade do Burocrata

HAMMARSKJÖLD, Dag. Marcos. Tradução de W. H. Auden. Prefácio de Jimmy Carter. Nova Iorque: Vintage Books, 2006. 222p.

A Vida de Simplicidade abre para nós um livro no qual nunca somos capazes de passar da primeira sílaba e do homem que escreveu isso dificilmente se pode afirmar que teve uma vida simples.

Dag Carl Hammarskjöld nasceu em 1905 cercado de privilégio, desde o pai, antigo primeiro-ministro da Suécia. Doutor em economia aos vinte e cinco anos, começou uma carreira de funcionário público profissional, desenvolvida principalmente dentro do banco central sueco. Depois da Segunda Guerra entrou na esfera internacional, representando seu país nos planos de reconstrução da Europa e como membro da delegação sueca junto às Nações Unidas.

Carreira esta que atingiu seu auge quando para sua surpresa o Conselho de Segurança da ONU recomendou seu nome para Secretário-Geral da organização. Foi eleito em 10 de abril de 1953.

O líder da ONU deveria navegar em um mundo partido em dois blocos liderados por potências nucleares e em geral o sueco conseguiu contornar bem os obstáculos. Que se tornaram ainda maiores quando as antigas colônias africanas entraram em processo de formar novos estados nacionais – nem sempre de maneira pacífica.

Entre os conflitos que pululavam o Secretário-Geral da ONU voava de um lugar a outro no continente africano, em busca de acordos de cessar-fogo. Em uma dessas viagens o Douglas DC-6B no qual viajava estatelou-se no chão na Zâmbia em 18 de setembro de 1961, deixando suspeitas de atentado que perduram até hoje.

Entre seus papéis encontraram uma carta a um amigo seu, outro funcionário público sueco. Dag deixava para o amigo as suas anotações pessoais. Este publicou-as e o resultado é o livro Marcos.

Hammarskjöld conheceu virtualmente todas as pessoas importantes de sua época, de presidentes a reis. Viveu na segurança e no conforto. No entanto seu diário não fala de política e se fala de sucesso é para se referir à sua falta de sentido. O livro trata das minhas negociações comigo mesmo – e com Deus.

Marcos não possui uma unidade – são pensamentos soltos, pequenos poemas, textos de dez ou quinze linhas que o autor acumulou desde a juventude. A temática lhe fornece a coerência. O homem que vivia em hotéis de luxo e banquetes e negociações de alto nível escrevia à noite algo como: Que Deus tenha tempo para você lhe parece tão certo quanto o fato de que você nunca tem tempo para Ele. Ou: Tudo no presente momento, nada para o presente momento. E nada para seu futuro conforto ou para o futuro de seu bom nome. Ou: Em muitas matérias a profunda seriedade só pode ser expressa em palavras leves e divertidas. Ou: não somos nós que buscamos o caminho – é o Caminho que nos busca.

Dag Hammarskjöld viveu a burocracia no que ele tem de mais tradicional – carreira, estabilidade, negociação. Os problemas que tentava resolver quase nunca o atingiriam pessoalmente. Mas empenhava-se em resolvê-los, pois era sua missão burocrática. E, para esse burocrata, a burocracia incluía também o espiritual.







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