Conta-se uma história em Goiás
(atribuída a um grande Jurista do Direito Agrário),
que se a mulher não implica com os livros do marido,
das duas uma: ou o marido não gosta de livros
ou a mulher não gosta do marido.
Minha mulher
Queimará meus livros,
Quando eu morrer.
E dirá, aliviada e triste:
'Quanto dinheiro jogado fora!'.
Minha filha – a mais velha
Ou a mais nova, não sei -
Intercederá por uma obra
Que lhe é cara: 'Papai,
Gostava tanto deste livro!'.
Minha mulher responderá:
'Ponha uma coisa na sua cabeça,
Seu pai está morto'. Neste tempo,
É verdade, estarei morto. E terá chegado
– também – a hora dos meus livros.
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José Osterno é ex-funcionário do TCU (SECEX-CE) e antigo militante pela Arte, tendo sido co-editor de um jornalzinho de Arte (o Paraler) anos atrás.
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